"O consumo moderado de maconha não provoca nenhum dano sério à saúde"

"Nunca, em 5000 anos de história, foi relatado um caso sequer de morte provocado pelo consumo de cannabis"






Absurdo juridico

A imposição de sanção penal ao possuidor de droga para uso próprio conflita com o Estado Constitucional e Democrático de Direito (que não aceita a punição de ninguém por perigo abstrato e tampouco por fato que não afeta terceiras pessoas).

Vejamos: por força do princípio da ofensividade não existe crime (ou melhor: não pode existir crime) sem ofensa ao bem jurídico.
(cf. GOMES, L.F. e GARCIA-PABLOS DE MOLINA, A.Direito


legalize canabis sativa
medicinal e recreativa

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

A peça faltante na farmacologia por Pablo A. Ascolani

A investigação científica de canabinóides teve um boom nos últimos 10 anos após a descoberta do chamado sistema endocanabinóide, um novo sistema de comunicação intercelular envolvidos entre os sistemas nervoso e imunológico. Esta constatação serviu de base para explicar por que a cannabis tem propriedades terapêuticas que historicamente têm caracterizado, revelando-a como uma valiosa peça faltando em farmacologia clínica.

O sistema de canabinóides desenvolve no sistema nervoso um papel modulador, participando como um sistema de comunicação retrógrada em certas sinapses, em processos tais como o controle da atividade motora, memória e aprendizagem, regulação do apetite e reflexo de vômitos , a controle da dor, entre outros.Isto dtravés através da regulação dos canais iônicos,e da ativação de receptores específicos, receptores canabinóides (RCB) presentes no sistema nervoso. Os RCB's presentes no sistema imunológico produzem através de diferentes mecanismos de transdução de sinal de enzimas - como a fosforilação e a indução ou repressão da transcrição de genes- mudanças na atividade deste sistema.

Atualmente, certos canabinóides são aprovados para uso médico. As indicações são: náuseas e vómitos associados à quimioterapia no tratamento do câncer e anorexia associada a perda de peso em pacientes com HIV. Em 2005, um extrato de cannabis na forma de spray foi aprovado no Canadá para o alívio sintomático da Esclerose múltipla. Há um acesso limitado mas está estudando-se a aprovação para o uso no Reino Unido, Itália, Espanha., Dinamarca e Holanda.

Há pesquisas atuais sugerem que a maconha tem um potencial preventivo contra três principais causas de morte hoje: doença cardíaca, cancer e doenças metabólicas, incluindo diabetes. Eles também mostraram ter efeitos neuroprotetores na Fase 0. Se comprovado em seres humanos isto, poderiam prevenir e aliviar doenças incapacitantes que afetam as pessoas em idade de trabalho, tais como o derrame (ACV), e nos idosos, as doenças crônico-degenerativas como Parkinson e Alzheimer. (Veja o potencial terapêutico dos canabinóides). Se normalizar o uso médico poderemos ter uma idéia mais clara dos seus potenciais efeitos preventivos através de estudos de população.

Vários documentos emitidos por instituições de alto prestígio, que declaram a cannabis como medicamento eficaz e de alta segurança em suas utilizações existentes. Estes podem incluir o documento emitido pela Comissão de Ciência e Tecnologia do Parlamento do Reino Unido (A Casa dos Lordes), o Instituto Catalão de Farmacología, o relatório do Ministério da Saúde da Bélgica, o relatório do Senado do Canadá . O documento emitido este ano pela Associação Médica Americana,a segunda Associação Médica em importância nos EUA (American College of Physicians, ACP), pediu a regulamentação da cannabis para fins médicos. Quatro meses após o pedido dos estudantes de Medicina da Secção da Associação Médica Americana (AMA), primeira associação médica em importância, que aprovou por unanimidade uma resolução exortando a AMA para apoiar a reclassificação da maconha para uso medicinal na conferência anual da AMA. A resolução será apresentada agora para a Câmara dos Representantes da AMA para a sua votação final, na sua reunião interna em novembro de 2008.

O documento Estados ACP "... os efeitos adversos do uso de maconha estão dentro do intervalo de tolerância para os efeitos de outros medicamentos." Concluindo "A evidência não só apóia o uso médico da maconha em certas condições, mas também sugere inúmeras indicações para canabinóides. Mais pesquisas são necessárias para esclarecer o valor terapêutico dos canabinóides e determinar rotas ótimas de administração ... "

O uso médico de canabinóides atualmente apresenta muitas incógnitas que serão resolvidas ao longo do tempo através de estudos clínicos controlados e estudos de população, mas com base nas informações existentes as razões para proibir são políticas e não médicas.

página do Colegio Médico
Americano (American College of Physicians):
Http://www.acponline.org/acp_news/medmarinews.htm
(Fonte: Los Angeles Times de 14 de fevereiro de 2008, página da ACP)

Um pequeno avanço

Galera
Até que enfim "o Globo" publicou alguma coisa sobre a discriminalização, sobre o projeto de Paulo Teixeira, mas foca mais na maior punição aos grandes traficantes, que na legalização e liberação do consumo.
Na TV, nada se falou, mas a Globo News, teve um artigo sobre a manifestação contra o revide da Polícia na Central do Brasil, mas que deixa claro que continuar a guerra. e O RJ-TV, mostrou materia com a policia agredindo um morador. Confiram:

O Artigo d"o Globo":
http://oglobo.globo.com/pais/mat/2009/11/03/ineficacia-no-combate-violencia-coloca-em-pauta-revisao-da-lei-antidrogas-914579860.asp --

O G1, da manifestação da Central:
http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM1154640-7823-MANIFESTANTES+PROTESTAM+CONTRA+POLITICA+DE+COMBATE+AO+CRIME+NO+RIO,00.html

E No RJ TV a agressão:
http://g1.globo.com/Noticias/Rio/0,,MUL1368246-5606,00-IMAGEM+MOSTRA+AGRESSAO+DE+PM+A+HOMEM+DURANTE+OPERACAO.html

É um pequeno avanço, mas nossa mobilização vão fazer as coisas andarem, e com certeza a gente chega lá, só não podemos parar, temos que agir cada vez mais.
Bons tragos

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Mudança dos habitos familiares

O texto abaixo, é uma resposta a um e-mail que recebí com um .pps, que mostra as mudanças de de valores familiares e sociais atribuindo a Lula que chama de analfabeto, e ao PT, a culpa por isto...

Os valores familiares, nada tem a haver com o governo do PT, mas são problemas globais, são problemas do capitalismo e da cultura yupy ( não confunda com hippie), os consumidores idiotas americanos, os playboys que só queriam"encontros dançantes"...O PT realiza, apesar dos fatos dolorosos que teem se sucedido - mas que sempre houveram, em nível pior ainda- o melhor governo democrático de toda a república, tanto em nível social, como economico , como político internacional. Nunca teve-se um salário mínimo tão alto ( em torno de 250 dolares) com inflação baixa. Jango foi deposto porque quis subir pra 100. Economicamente, nunca o país cresceu tanto, pagamos a divida com o FMI, e ainda emprestamos dinheiro , o Brasil foi um dos países menos afetados pela crise internacional, e nunca foi tão importante lá fora, nunca teve tanta influencia na ONU e em todos os foros internacionais, como agora, com este presidente que é alfabetizado sim (tem segundo grau, como a maioria de nós) , muito inteligente e capaz, para realizar este governo bem sucedido. Nunca se teve tanta transparencia, e nunca se investigou tanto desvios de funcionários e "homens" públicos. Nunca tantos corruptos foram mostrados - é verdade que nem sempre punidos...mas não confundam os poderes...a podridão esta no legislativo e no Judiário, corporativos, viciados e essencialmente corruptos.
Não se pode culpar o governo de Lula por estas condições preexistentes, como também não se pode cobra-lo como disse no princípio e fala este powerpoint, da mudança dos valores familiares...aí a culpa é da mídia, irresponsavel, que nós seguimos como idiotas!!!!!


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Firmo Junior

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Deputado faz discuso pela discriminalização.

Em discurso feito no Grande Expediente da Câmara dos Deputados no dia 28 de outubro o deputado Paulo Teixeira do PT de São Paulo, mostrou que se tornou um mal maior que a própria droga, a proibição, que gera a violencia, tão mostrada nos meios de comunicação, e que só nos ultimos dias, ja matou + de 40 pessoas inocentes, e feriu tantas outras.
"Ao nos debruçarmos sobre a violência no Rio de Janeiro, podemos encontrar raízes nas profundas desigualdades sociais, na ausência do Estado em comunidades pobres, na baixa perspectiva de emprego para os jovens, no despreparo da polícia e na questão das drogas associada ao tema da violência."afirmava.e mais adiante:
"O número de mortes em conflitos relacionados ao mercado de drogas é muito maior do que as mortes que são provocadas pelo uso da droga em si. Apesar desta repressão, o consumo de drogas ilícitas no Brasil cresceu nos últimos anos e o número de presos condenados por atividades relacionadas à venda e ao consumo destas substâncias também está em ascensão"...E continua adiante, concluindo:
"Uma atividade tão rentável e tão perigosa permite contratar, nas comunidades carentes, uma mão-de-obra que é atraída por uma remuneração elevada dentro para sua realidade. O comércio ilícito armado exerce seu poder e sua violência no domínio territorial, na cobrança de dívidas e na expansão de suas atividades. As pessoas que estão na base desta estrutura são as que geralmente acabam mortas em conflitos com a polícia ou presas no transporte ou na venda de drogas. Dificilmente, a atuação de repressão consegue alcançar quem organiza e financia estas atividades criminosas."
Outro aspecto é a superlotação das cadeias. "São 80 mil pessoas que estão presas hoje no Brasil por estarem de alguma forma relacionadas ao mercado das drogas. Atividade que tem aumentado também o número de jovens e de mulheres, das mais variadas idades, dentro do sistema prisional." E daí veremos que a política, imposta pelos Estados Unidos, em toda américa Latina, só fez criar mais problemas, e que ainda, afirma ele:"Esta prioridade na repressão, que estigmatiza e criminaliza os usuários, impediu durante muito tempo que o Brasil desenvolvesse um sistema integrado de saúde capaz de lidar com o problema do abuso de drogas. Sem investimento em uma política pública, o Brasil tem poucos profissionais da saúde que se especializaram em tratar deste tipo de dependência química e poucos equipamentos dedicados a fazer o tratamento." ...
No entanto de uns tempos pra cá ..."o governo Lula tomou medidas importantes para mudar a legislação, para despenalizar o usuário de drogas; investir em tratamento por meio da implantação de 250 centros de atendimento psicossocial de álcool e drogas. Com o Pronasci e o PAC, o nosso governo passou a atuar mais efetivamente nas regiões de alta vulnerabilidade social, levando alternativas e oportunidades para seus moradores. A gravidade da situação, no entanto, está exigindo mais esforços e soluções ousadas."...Contudo, tem que se observar ainda, alguns agravantes: "Um usuário que em razão de uma dependência química passa a comercializar a substância para garantir o seu consumo não pode ser tratado da mesma forma do que a pessoa que busca o lucro nestas atividades, exerce controle territorial sobre regiões e usa de violência e mortes para cobrar eventuais dívidas"...e por isto, "a pena de prisão pode provocar mais danos à sociedade do que outra forma de punição, mais eficiente para combater esta dependência e com menos impactos na vida do indivíduo"E desta forma que deixar claro que:..."a aplicação automática da pena de prisão para a pessoa que agiu sozinha, desarmada e não tem antecedentes criminais fere a proporcionalidade na aplicação da pena, um dos princípios essenciais do Direito. A atual legislação brasileira já permite a redução da pena de prisão, mas proíbe a substituição por penas privativas de direito mesmo que o juiz entenda que é o caso. O Brasil precisa permitir que os magistrados possam aplicar penas alternativas a réus primários, que foram presos quando atuavam sozinhos e desarmados, se considerarem que esta é a melhor punição para aquele caso específico. E por aí vai, colocando por fim , que o problema, já não é privativo das grandes cidades, mas esta disseminado por todo o país, até nas cidades mais pequenase que se precisa avançar a discussão sobre estas leis, e ampliar os avanços na area de saude para a solução do problema que vem crescendo. Veja o discurso completo, clicando no título.
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